This house has been developed by Velux and Velfac.
Check the "Home for Life" house and watch the video.
Original article in Portuguese:
"Dinamarca: Uma casa sem factura de energia
13.08.2009
Lusa
Durante um ano, a família Simonsen vai experimentar viver numa casa diferente, em Lystrup, Dinamarca. A energia é fornecida por colectores solares e células fotovoltaicas.
À primeira vista, pouco distingue esta casa situada num subúrbio dinamarquês das moradias vizinhas. Mas logo à entrada, um painel digital revela aos visitantes o que existe de diferente.
"Neste lado, vemos o consumo de electricidade; aqui está a produção fotovoltaica e isto significa a produção de aquecimento solar", explica o engenheiro químico Sverre Simonsen, que se mudou há um mês e meio para esta casa, em Lystrup, enquanto aponta os símbolos mostrados no painel.
A família Simonsen (um casal e duas crianças com seis e nove anos) vai testar a casa durante um ano, tomando nota das vantagens, mas também dos aspectos que podem ser melhorados.
O conceito é simples: demonstrar como é possível contribuir para o desenvolvimento sustentável, obtendo um equilíbrio entre o uso e a produção de energia.
A "Casa para a Vida" é uma das oito "casas activas" de demonstração que as empresas Velux e Velfac estão a desenvolver em vários países europeus, incluindo Portugal.
A arquitectura é moderna, os espaços são amplos e luminosos, graças às janelas rasgadas nas fachadas e às clarabóias abertas nos quartos do primeiro andar.
A energia é fornecida por colectores solares, que aquecem as águas e células fotovoltaicas que fornecem electricidade. "Um dia esperamos ter um carro eléctrico na garagem que possa usar a electricidade a mais que produzimos", explica Rykke Lildholdt, da Velfac.
A habitação recorre também a bombas de calor que fornecem o aquecimento quando não há sol e "gasta menos electricidade do que o normal"
Oito meses por ano, a casa produz mais energia do que gasta, estimando-se que o excedente anual de electricidade se situe nos 9,4 quilowatts/hora por metro quadrado. Como não é possível vender a energia excedentária, os Simonsen cedem-na à rede eléctrica, sabendo que vão recuperá-la quando for necessário.
"Não compramos, nem vendemos. Damos e vamos buscar quando precisamos". Esta é uma família que não recebe factura de aquecimento ou electricidade no final do mês.
Nesta casa, a área envidraçada é bastante superior ao normal (40 por cento de janelas face à área de construção), garantindo uma entrada optimizada da luz solar.
Mas o custo (quatro a cinco mil milhões de coroas dinamarquesas - 540 a 670 milhões de euros - por 190 metros quadrados) e o medo da tecnologia pode afastar potenciais interessados. "As pessoas têm medo que a casa seja demasiado complicada para viver", admite Rykke Lildholdt, enquanto Sverre Simonsen garante que a família se habituou rapidamente e que a "automação proporciona um ambiente sempre agradável". "É quase tudo controlado por controlo remoto e é muito fácil de operar. Claro que às vezes as luzes desligam-se automaticamente quando nós não queríamos, mas julgo que isso é um incómodo menor".
Sverre assume também que as janelas da sala, às quais faltam cortinas, podem ser desconfortáveis à noite "quando toda a gente que passa espreita para dentro". Mas a luz é um dos aspectos mais notáveis, acrescenta o morador. "Temos uma bela vista e essa experiência é muito agradável. Trazemos o exterior para o interior", relata Sverre que já decidiu abrir mais uma janela em casa quando regressar ao seu antigo lar.
"Esta experiência está a tornar-nos mais conscientes e acho que isso é uma coisa que vamos usar no futuro", resumiu."
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